domingo, 30 de novembro de 2008

Importância da Leitura

A prática da leitura se faz presente em nossas vidas desde o momento em que começamos a "compreender" o mundo à nossa volta. No constante desejo de decifrar e interpretar o sentido das coisas que nos cercam, de perceber o mundo sob diversas perspectivas, de relacionar a realidade ficcional com a que vivemos, no contato com um livro, enfim, em todos estes casos estamos, de certa forma, lendo - embora, muitas vezes, não nos demos conta.A atividade de leitura não corresponde a uma simples decodificação de símbolos, mas significa, de fato, interpretar e compreender o que se lê. Segundo Angela Kleiman, a leitura precisa permitir que o leitor apreenda o sentido do texto, não podendo transformar-se em mera decifração de signos linguísticos sem a compreensão semântica dos mesmos.Nesse processamento do texto, tornam-se imprescindíveis também alguns conhecimentos prévios do leitor: os linguísticos, que correspondem ao vocabulário e regras da língua e seu uso; os textuais, que englobam o conjunto de noções e conceitos sobre o texto; e os de mundo, que correspondem ao acervo pessoal do leitor. Numa leitura satisfatória, ou seja, na qual a compreensão do que se lê é alcançada, esses diversos tipos de conhecimento estão em interação. Logo, percebemos que a leitura é um processo interativo.Quando citamos a necessidade do conhecimento prévio de mundo para a compreensão da leitura, podemos inferir o caráter subjetivo que essa atividade assume. Conforme afirma Leonardo Boff,cada um lê com os olhos que tem. E interpreta onde os pés pisam. Todo ponto de vista é a vista de um ponto. Para entender o que alguém lê, é necessário saber como são seus olhos e qual é a sua visão de mundo. Isto faz da leitura sempre um releitura. [...] Sendo assim, fica evidente que cada leitor é co-autor.A partir daí, podemos começar a refletir sobre o relacionamento leitor-texto. Já dissemos que ler é, acima de tudo, compreender. Para que isso aconteça, além dos já referidos processamento cognitivo da leitura e conhecimentos prévios necessários a ela, é preciso que o leitor esteja comprometido com sua leitura. Ele precisa manter um posicionamento crítico sobre o que lê, não apenas passivo. Quando atende a essa necessidade, o leitor se projeta no texto, levando para dentro dele toda sua vivência pessoal, com suas emoções, expectativas, seus preconceitos etc. É por isso que consegue ser tocado pela leitura.Assim, o leitor mergulha no texto e se confunde com ele, em busca de seu sentido. Isso é o que afirma Roland Barthes, quando compara o leitor a uma aranha:[...] o texto se faz, se trabalha através de um entrelaçamento perpétuo; perdido neste tecido - nessa textura -, o sujeito se desfaz nele, qual uma aranha que se dissolve ela mesma nas secreções construtivas de sua teia.Dessa forma, o único limite para a amplidão da leitura é a imaginação do leitor; é ele mesmo quem constrói as imagens acerca do que está lendo. Por isso ela se revela como uma atividade extremamente frutífera e prazerosa. Por meio dela, além de adquimirmos mais conhecimentos e cultura - o que nos fornece maior capacidade de diálogo e nos prepara melhor para atingir às necessidades de um mercado de trabalho exigente -, experimentamos novas experiências, ao conhecermos mais do mundo em que vivemos e também sobre nós mesmos, já que ela nos leva à reflexão.E refletir, sabemos, é o que permite ao homem abrir as portas de sua percepção. Quando movido por curiosidade, pelo desejo de crescer, o homem se renova constantemente, tornando-se cada dia mais apto a estar no mundo, capaz de compreender até as entrelinhas daquilo que ouve e vê, do sistema em que está inserido. Assim, tem ampliada sua visão de mundo e seu horizonte de expectativas.Desse modo, a leitura se configura como um poderoso e essencial instrumento libertário para a sobrevivência do homem.Há entretanto, uma condição para que a leitura seja de fato prazerosa e válida: o desejo do leitor. Como afirma Daniel Pennac, "o verbo ler não suporta o imperativo". Quando transformada em obrigação, a leitura se resume a simples enfado. Para suscitar esse desejo e garantir o prazer da leitura, Pennac prescreve alguns direitos do leitor, como o de escolher o que quer ler, o de reler, o de ler em qualquer lugar, ou, até mesmo, o de não ler. Respeitados esses direitos, o leitor, da mesma forma, passa a respeitar e valorizar a leitura. Está criado, então, um vínculo indissociável. A leitura passa a ser um imã que atrai e prende o leitor, numa relação de amor da qual ele, por sua vez, não deseja desprender-se.

Dicas de Interpretação

01. Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto;
02. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura, vá até o fim, ininterruptamente;
03. Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo monos umas três vezes ou mais;
04. Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas;
05. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;
06. Não permitir que prevaleçam suas idéias sobre as do autor;
07. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor compreensão;
08. Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do texto correspondente;
09. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão;
10. Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente de ...), não, correta, incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras; palavras que aparecem nas perguntas e que, às vezes, dificultam a entender o que se perguntou e o que se pediu;
11. Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a mais exata ou a mais completa;
12.Quando o autor apenas sugerir idéia, procurar um fundamento de lógica objetiva;
13. Cuidado com as questões voltadas para dados superficiais;
14. Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela resposta, mas a opção que melhor se enquadre no sentido do texto;
15. Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras denuncia a resposta;
16. Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo autor, definindo o tema e a mensagem;
17. O autor defende idéias e você deve percebê-las;
18. Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são importantíssimos na interpretação do texto.Ex.: Ele morreu de fome.de fome: adjunto adverbial de causa, determina a causa na realização do fato (= morte de "ele").Ex.: Ele morreu faminto.faminto: predicativo do sujeito, é o estado em que "ele" se encontrava quando morreu.;
19. As orações coordenadas não têm oração principal, apenas as idéias estão coordenadas entre si;
20. Os adjetivos ligados a um substantivo vão dar a ele maior clareza de expressão, aumentando-lhe ou determinando-lhe o significado

Leitura: prazer e necessidade (breve crônica sobre a minha relação com a cidade de Morro Reuter

Em 1998, há dez anos portanto, cheguei pela primeira vez a Morro Reuter. Lembro que foi encantamento à primeira vista. As ruas, as casas, a praça central e o carinho de muitos leitores fizeram nascer a sintonia. Há coisas que não se explicam bem, a gente sente e pronto. E, naquele dia, senti que a pequena cidade que me acolhia, escritor iniciante, ainda estaria presente de forma mais significativa ainda em minha vida literária.Gosto de estar em Morro. Gosto de perceber a atmosfera de leitura que envolve o município. Gosto de ser participante desta história de construção de cidadania via literatura. Afinal, acredito que a leitura literária transforma. E para melhor. Aquele que lê sempre será pessoa de maior grandeza. Aquele que propicia que outros leiam, que leva o livro às mais tenras ou às mais cansadas mãos também é grande. Assim, sempre é bom lembrar as palavras do poeta condoreiro: Bendito o que semeia livros, livros à mão-cheia, e faz o povo pensar.Em Morro Reuter, percebe-se que a leitura não á apenas teoria, “coisa da boca pra fora”. Não, livro é necessidade que se construiu e solidificou-se graças ao empenho de muitos e, espero, de cada vez mais gente. Há, percebo, a clareza de que ler é condição essencial para a cidadania.Quando penso a leitura e os mitos que a envolvem, penso também que a literatura ainda carece de olhares diferenciados sobre algumas “verdades” que se impõem e que, muitas vezes, não recebem o devido e merecido questionamento. Por exemplo, fala-se muito sobre o prazer de ler. Há sempre alguém a propagar que a leitura não pode ser obrigatória, que deve ser uma opção prazerosa e livre. Discordo. A leitura é libertária, sim, mas — até a pessoa dar-se conta de sua necessidade — políticas públicas, projetos escolares, adultos multiplicadores de leitura fazem-se necessários. Ora, se acreditamos que algo é bom, temos a obrigação de divulgá-lo, de estimulá-lo, de propiciar que mais e mais seres possam se encantar e usufruir deste bem. Qual a mãe consciente e zelosa que permitirá que seu filho faça apenas o que tem vontade, que coma o que quiser, que durma a hora que julgar mais adequada? Uma mãe atenta impõe limites, indica caminhos, diz sim e não, sempre que necessário. Ser mãe é ter responsabilidade com o adulto de amanhã. Pois em relação à leitura penso de forma semelhante. Se queremos uma comunidade leitora, devemos pensá-la, projetá-la, estabelecendo critérios e políticas para tal. Assim, a leitura não se limita ao prazer, mas à necessidade.Duas palavras-chave, hoje, para se pensar a leitura: prazer e necessidade. Ao se falar em prazer, geralmente se pensa em entretenimento, em passatempo. Leitura é mais que isso, tem que ser muito mais que este tipo de prazer, que, aliás, é facilmente substituído. Quando penso no prazer da leitura, penso num prazer estético: deliciar-se com o texto, descobrir sua arquitetura, envolver-se com seu ritmo, com sua musicalidade, perceber e desvendar suas metáforas e, assim, atingir um estado de deleite com o próprio texto. Nele e para ele. Este é o prazer de que falo. Este apenas a literatura pode promover. Tal deleite, no entanto, não nasce com o indivíduo, não aparece naturalmente (pelo menos na maioria dos casos), precisa de alguém que oriente, que “ensine” os leitores, que os qualifique no desejo de mais e mais descobertas estéticas nos textos que lê, que lhes aponte: “Olha esse livro. Ele é muito legal!” Para tal, a necessidade de orientadores conscientes de seu papel como formadores e qualificadores de novos e de mais leitores se faz urgência.Mas e a tal da necessidade? Pois bem, hoje se fala muito também (e isto acaba sendo motivo limitador para a formação de leitores) que o livro é caro. É caro, penso, para quem ainda não fez dele uma necessidade, algo vital. Retomo aqui a imagem da mãe zelosa (ou do pai, ou de qualquer adulto cuidador). Qual deles, se uma criança amada conseguir provar que necessita de algo, não moverá mundo e fundos para saciar tal necessidade, mesmo que não possua recursos imediatos para tal? Creio que todos. Logo, se o livro é caro e muitos relutam em disponibilizá-lo às crianças, isso se dá em virtude de não perceberem na leitura uma necessidade. Livro precisa ser necessário, precisa ser elemento vital, essencial. Assim, falta, por vezes, aos educadores tal convicção, tal prática: tornar seus alunos necessitados de livros. Todavia, só contaminamos os outros com tal necessidade quando nós também nos tornamos carentes de leitura. E, nesse caso, preço deixa de ser limitador.Desta forma, duas posturas me parecem fundamentais para todo aquele que deseja formar leitores: auxiliá-los na descoberta do verdadeiro prazer literário (aquele que não é mero passatempo) e torná-los seres necessitados de livros, de leitura de qualidade. Assim, com certeza, estaremos formando cidadãos mais críticos e mais sensíveis. Seres, aliás, de que a sociedade em que vivemos precisa. E muito.Morro Reuter, creio, tem como norte tal sociedade. Sua tradicional feira do livro, seu seminário de leitura, suas bibliotecas “apadrinhadas”, seus saraus, seus luaus e tantas outras atividades que ocorrem, com certeza, no interior das salas de aula nas diferentes escolas do município — todas representadas pelo singular obelisco — são passos sólidos na formação de gente que crê que ler faz, e sempre fará, diferença.Dez anos pode ser muito, pode também ser quase nada, sobretudo quando a gente se sente parte de um projeto maior. Assim, se minha primeira entrada em Morro foi tímida, completo esta década curtindo duas homenagens que ficarão marcadas em minha história de escritor. 2008 é ano ímpar. Ano em que sou o patrono da feira do livro de Morro Reuter e em que a escola Dom Bosco dá a sua biblioteca o meu nome: Biblioteca Caio Riter. Que mais um autor pode desejar?
Caio Riter é professor e escritor. Doutor em Literatura Brasileira e patrono da feira do livro de Morro Reuter.

Exercício de Raciocínio Lógico

1)Considere a seguinte seqüência infinita de números: 3, 12, 27, __, 75, 108,... O número que preenche adequadamente a quarta posição dessa seqüência é:

a) 36,
b) 40,
c) 42,
d) 44,
e) 48.

Resolução: Verifique os intervalos entre os números dados fornecidos.
Dados os números:
3 12 27 __ 75 108, obtemos os seguintes
9 15 __ __ 33 intervalos. Observamos que
3x3 3x5 3x7 3x9 3x11
Logo: 21 27
Então: 21+27 = 48. A alternativa correta é a E.

Problemas

1)Tenho quatro números primos positivos distintos. Um deles é um número par. O segundo é um divisor de 100 e é ímpar. O terceiro e o quarto são fatores de 1870.
A soma e o produto desses quatro números primos são, repectivamente:

a) 35 e 1870
b) 43 e 3230
c) 32 e 2145
d) 35 e 1326
d) 44 e 1870

Resposta:
O 1º número primo é par, portanto é 2
O 2º número primo é divisor de 100 e ímpar, portanto é 5
O 3º e o 4º números primos são fatores de 1870, 2.5.11.17 = 1870, logo 11 e 17 são fatores de 1870
(lembrando que o fator é o número inteiro que é multiplicado na multiplicação).
A soma é: 2+5+11+17 = 35
Produto: 2.5.11.17 = 1870
Então a alternativa correta é a A.

Você também pode acessar o site http://www.testonline.com.br/soluc1.htm
Para testa seus conhecimentos

Curiosidades Numéricas

12345679 x 9 = 111111111
12345679 x 18 = 222222222
12345679 x 27 = 333333333
12345679 x 36 = 444444444
12345679 x 45 = 555555555
12345679 x 54 = 666666666
12345679 x 63 = 777777777
12345679 x 72 = 888888888
12345679 x 81 = 999999999

9 x 9 + 7 = 88
9 x 98 + 6 = 888
9 x 987 + 5 = 8888
9 x 9876 + 4 = 88888
9 x 98765 + 3 = 888888
9 x 987654 + 2 = 8888888
9 x 9876543 + 1 = 88888888
9 x 98765432 + 0 = 888888888

9 x 1 + 2 = 11
9 x 12 + 3 = 111
9 x 123 + 4 = 1111
9 x 1234 + 5 = 11111
9 x 12345 + 6 = 111111
9 x 123456 + 7 = 1111111
9 x 1234567 + 8 = 11111111
9 x 12345678 + 9 = 111111111
9 x 123456789 + 10 = 1111111111

11 x 11 = 121
111 x 111 = 12321
1111 x 1111 = 1234321
11111 x 11111 = 123454321
111111 x 111111 = 12345654321
1111111 x 1111111 = 1234567654321
11111111 x 11111111 = 123456787654321
111111111 x 111111111 = 12345678987654321

Sudoku

Sudoku é um jogo de raciocínio e lógica. Apesar de ser bastante simples, é divertido e viciante. Basta completar cada linha, coluna e quadrado 3x3 com números de 1 a 9. Não há nenhum tipo de matemática envolvida.

Objetivo
O objetivo do jogo é completar todos os quadrados utilizando números de 1 a 9. Para completá-los, seguiremos a seguinte regra: Não podem haver números repetidos nas linhas horizontais e verticais, assim como nos quadrados grandes.
Níveis de dificuldade
Ao iniciar um jogo, você poderá escolher entre 3 níveis de dificuldade: fácil, medio, difícil. A principal diferença destes niveis está na quantidade de quadrados preenchidos e na disposição dos números. De modo que no nível difícil, por exemplo, você terá que analisar a disposição dos números de uma maneira mais global para poder encontrar os números que restam.
Click no Link Abaixo para jogar

http://sudoku.hex.com.br/jogar/